quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

LANÇAMENTO DA "ANTOLOGIA DA MODERNA POÉTICA PORTUGUESA"


Próximo Sábado dia 2 de Março às 15:00 Teatro Rivoli Porto

É uma honra estar entre vós todos, por razões de saúde estarei ausente deste lançamento mas deixo-vos SAUDAÇÕES POÉTICAS para todos os que aqui partilham a POESIA e agradeço o convite e o facto de fazer parte desta publicação, desde já MUITO OBRIGADA EM POESIA  à SEDA PUBLICAÇÕES por me acolher nesta Antologia.

Que seja uma festa muito feliz e sintam-me em pensamento no meio das palavras declamadas.

A Seda Publicações lança no dia 2 de março, sábado, pelas 15 horas, no Teatro Rivoli, Porto, Antologia da Moderna Poética Portuguesa. O evento está inserido no conjunto de actividades culturais paralelas ao Fantasporto 

- Festival Internacional de Cinema do Porto.

Esta antologia, num conjunto de 288 páginas, pretende ser representativa do que de melhor se produz em poesia na actualidade e conta com a participação de 42 poetas, cada qual contribuindo com 4 poemas.

Alberto Pereira, Alice Caetano, Alice Macedo Campos, Ana Bárbara Santo António, Ana Carvalho, Ana Homem de Albergaria, Ana Paula Mabrouk, André Lamas Leite, António Carlos Santos, Armando Moreira, Carla Marques, Catarina Nunes de Almeida, Cristiano Duna, Delfina Antunes, Eduardo Leal, Emílio Miranda, Filipa Leal, Francisco Pipa, Gustavo Brandão Nascimento, Jessica Neves, Joaquim Fernando Fonseca, Jorge Vicente, José Duarte, Luísa Azevedo, Manuela Ferreira, Manuel Capelo, Maria João Cantinho, Maria Nóbrega, Marta Dias, Miguel Braamcamp de Mancellos, Paulo Alexandre Castro, Paulo Assim, Pedro Diamantino, Ricardo Gil Soeiro, Rosa Maria Ribeiro, Rui Fonseca, Rui Miguel Duarte, Rui Tojeira, Rui Vasqueiro, Teresa Almeida, Teresa Brinco de Oliveira e Vicente Ferreira da Silva.* 

28 Fevereiro DIA DA DOENÇA RARA

Intracranial hypertension (IH) is an invisible disorder; people with IH often look fine, on the outside, but are, in fact, suffering terribly. It also is an illness that can strike anyone. The Foundation originally created the Wall of Hope on IHRF’s Facebook page in 2011 as part of the effort to raise public awareness of intracranial
hypertension and rare diseases for Rare Disease Day. It proved so popular that we are once again opening the Wall of Hope for your pictures for Rare Disease Day- February 28, 2013. Please join us in this grass-roots campaign to literally give IH and rare diseases a face—yours

http://www.ihrfoundation.org/intracranial/hypertension/more_info/wall-of-hope-2013/

http://www.ihrfoundation.org/

Intracranial hypertension (IH) is the general term for the neurological disorders in which cerebrospinal fluid (CSF) pressure within the skull is too high. (Old names for IH include Benign Intracranial Hypertension and Pseudotumor Cerebri).

The Intracranial Hypertension Research Foundation is the only non-profit organization in the world devoted to supporting the medical research of chronic intracranial hypertension. We also provide assistance, education, and encouragement for individuals with chronic IH, their families and medical professionals.

Our mission is to discover why intracranial hypertension happens, along with new, effective treatments. Our ultimate goal is to find a cure.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

NÃO SÃO MINHAS AS PALAVRAS


São nossas, as palavras, todas as palavras trocadas...
Somos nós tentando ludibriar as leis da física, tentando tocar-nos através delas, fisicamente...
Acariciando-nos, beijando-nos... Sempre...
Quando te beijar não será o Meu beijo, será o Nosso beijo...
Estas palavras existem porque são necessárias, porque existimos, Tu e Eu...
Elas não os nossos dedos tateando, são a nossas mãos explorando. São os nossos sexos deleitando-se...

Não são minhas as palavras...

Beijo-te...

António

Não são minhas as palavras

São o segredo dos lábios luz
Iluminando o nosso sentir
Numa clareira que seduz
Claridade desejo a refulgir
Nas sombras da boca contraluz
Clarão de vontade a consentir
As tuas e as minhas palavras
Para serem as nossas somente
Dessa sedução que consente
O beijo através do olhar
Como se nas palavras se pudesse tocar
A alma no mais profundo sentido
E nesse beijo perdido
O rumo desatinado
O instante aprisionado
Nas bocas feitas loucura
E coladas de ternura
Num beijo húmido molhado
O desejo incendiado
Apague a fome secura
Do sentir enamorado
O querer afogueado
Do prazer encontrado
Num fogo que incendeia
E de beijos se ateia
E de luz perdura
Olhar alado
musa

DOR VERSUS SOFRIMENTO


... conselho de um amigo médico: tenta separar dor de sofrimento...

Obrigada pelo conselho João... nem sei se conseguirei tal proeza na poesia

A fera adormecida
pesa a alma aturdida
há morfina sediando
e o sentir dormitando
a dor sofre dorida
no seio do sentir levitando
diante dos olhos tudo é movimento
a luz forma-se de forma colorida
e varre em dança o pensamento
nos olhos é fera ferida
na alma descontentamento
como há tanta dor na vida
que espera a cure o tempo
a dor irrompe dançante
ergue-se energúmena incontida
diante do olhar delirante
é borboleta esvoaçante
das mãos do animo desprendida
a dor domina pulsante
tão sentida
doí pensar
doí reflectir
doí imaginar
doí sentir
e nesse pulsar
há um abismo entre dor e sofrimento
dor é sentir
sofrer é movimento
amor maior se sente por sentir
tão estranho contentamento
e da vida não desistir
nem da dor fugir
por resignação
por negação
por paixão
...
musa

domingo, 10 de fevereiro de 2013

PERDIDA



No vulgo das palavras
esquálidas sombras
turgidas fimbrias
alongam escuridão
milímetros do sentir
sem luz
penachos de neve fria
rompem claridade do dia
lagrimas brancas de gelo
vestem de noiva
gélido manto
húmido cabelo
escorre do vento pranto
silenciado sentir
a neve cobre telhados
galhos despidos
trilhos enlameados
caminhos perdidos
não sei onde ir...
musa

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

CACOS DE PALAVRAS - para ti... sabendo que estavas lá...


23:23
preciso escrever... não tenho papel nem caneta... apenas à minha disposição as teclas minúsculas do telemóvel que me faz companhia ao lado da cama, pego-lhe e ordeno-lhe que me escute a voz da ponta dos dedos nas mãos com boca e ouvidos, martelando as letras que por vezes confundo na escuridão, a luz apagada ilumina melhor os pensamentos e vejo-me ajoelhada num chão de sentir onde mais tarde virei aqui recuperar os meus cacos em palavras...

tanto que me apetece escrever os meus sentidos…

Bruma ébria que se esfuma na fleuma contraída da respiração
o bafo do olhar na noite tingida
não sei de quantas cores se tinge o nada
e a noite mais pura despida de estrelas amanhece na bruma acinzentada escuridão loucura enevoada solidão sentida onde silencio parece dormitar num sonho...
não é o luar que procuro em arabescos rendilhados no chão de tabuas brilhantes onde os pés nus deslizam a cera lustrosa... havia uma lua na casa iluminada do passado servida pelos quartos sobre a pele nua de meretrizes em repouso... e os corpos banhados de luar confundiam odores de prazeres escondidos em mãos vagarosas acendendo lamparinas de pecado em intimidade...
as lanternas vermelhas afogueavam beliscados rostos perfumados de pó de arroz e rosados lábios tingidos de frutos vermelhos a pingar dos dedos entretidos em iguarias de pele e sentidos...

23:40
as pequenas borboletas dos ventres adormecidos esvoaçam perdidas no prado dos corpos ainda verdes... andam fugidas do calor das mãos quentes...
ardem casulos fulgentes na pedraria a descoberto da miríade presa no teu olhar...

23:49
resinada e dura como a madeira esfoliada de sossego em anéis intemporais na cascara sagrada dos mais insanos sentidos carnais deixo romper de palavras o velo amaciado pelos teus gemidos sangrando a noite de uma lua por cumprir...
há um sentir silenciando mundanos sentidos... a lua deitada em muitos quartos mancha a penumbra da claridade noite...
musa