terça-feira, 15 de novembro de 2016

MORTE SÚPLICA

MORTE SÚPLICA

Ninguém compreende
Porque morro
Todos os dias
Um pouco mais
Ninguém entende
Este meu fogo
Cravado em mim como punhais
Nem ninguém quer entender
Este jogo chama afecto
Labareda de prazer
E morrer até arder
Em cinzas de amor secreto
Fogueira fome loucura
Esta doida incineração
Ninguém entende esta tortura
Que me queima o coração
E rendida à flama mansa
Como quem foge à solidão
Sou vencida pela dança
E morre o meu coração
Entre punhais e espadas
Desço as escadas do livramento
Assim a vida me deu asas
Para me livrar do meu tormento
E no fogo da morte me queimar
Ainda que me possam amar
Deixo em voz o meu sentimento
Doce súplica da morte ou fantasia
Fogo aceso à escuridão do tempo
Verso das cinzas a poesia
Um grito preso a este lamento
...
musa

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