domingo, 19 de abril de 2015

DO BEIJO AO OLHAR LISBOA

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DO BEIJO AO OLHAR LISBOA

Toda uma cidade feita de momentos
Monumentos de loucura em beijos de fogo e cal
Nas pedras das ruas a saudade os sentimentos
A ternura dos gestos e o sentido tão carnal

Como se a cidade fosse um amor proibido
Lisboa é paixão e um ternurento amante
Deixando no coração leve e solto sentido
Ave migratória de um país distante

E apetece amar esta cidade de um gozo doce profundo
Lisboa é tão portuguesa e tão do mundo
Agora mais do que nunca especial
Mulher feita de sentir e poesia
Do poema um delírio capital
Do verso a universalidade da fantasia

Um espelho de águas ensolaradas poalha de luz
Do Tejo as Tagides espalhando sua magia
Do castelo de S. Jorge e o Bairro Alto que seduz
De poemas veleiros de varina inspiração
Das varandas flores nos canteiros a alegria
Dos bairros populares as marchas e a canção
E este encantamento de loucura fugidia

Do beijo ao olhar toda a cidade é pranto
Nos teus olhos de menina em ternura descoberta
Escorrem lágrimas de emoção de sonho e de espanto
Aprisionas cativante vespertina luz secreta
À beira Tejo mar da palha do Restelo o casario branco
O Rossio é um amante feito homem cavaleiro
Que tanta sedução em mim desperta
Nos olhos curiosos essa loucura encanto
O instante a despedida o aperto derradeiro
Digo te adeus e sei que vou voltar
Com lágrimas de emotividade vou chorar
A saudade sentida do Paço o Terreiro
Onde ainda ficou o meu olhar
...
musa

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